Memória é o nome dado para o armazenamento das informações e dos dados que obtemos através das experiências, com o auxílio dos nossos sentidos – audição, visão, tato, olfato e paladar. Ela funciona sem parar, pois durante todo o dia estamos ouvindo barulhos, músicas, vozes, sentindo cheiros, gostos, e emoções como tristeza e alegria.
Existem diversos tipos de memória, e para facilitar a compreensão, vou separá-las em três grupos a seguir:
Memória sensorial
É a memória que surge automaticamente, a partir dos nossos sentidos. Imagine um bolo que a sua avó fazia quando você era pequeno, e tinha um cheirinho maravilhoso ao assar. Mesmo depois de anos sem comer o bolo da sua avó, você é capaz de recordar dos momentos vividos ao sentir um cheiro de bolo assando.
Memória de curta duração
Não é automática, leva um certo tempo para voltar à consciência. Ela se refere aos acontecimentos banais do dia a dia, como pentear os cabelos e tomar banho, e são descartadas caso não se tornem significativas por quaisquer motivos.
Provavelmente você seja capaz de fazer uma lista de tudo que comeu hoje, mas se for preciso fazer a mesma lista sobre dias anteriores, dificilmente conseguirá de forma exata. Como essas informações não são significativas, tendem a ser esquecidas. Você irá se lembrar dos alimentos significativos, onde você encontrou amigos, reuniu a família, discutiu com alguém durante a refeição, se queimou, era um alimento que você adorava na infância, etc.
Memória de longa duração
É a memória mais complexa que temos, pois ultrapassa as duas outras memórias.
Se referem aos momentos marcantes da nossa vida e são armazenadas pelo cérebro, de forma cronológica na consciência, ao fazer a transição entre memória de curta duração para a de longo prazo. São essas memórias que acessamos quando precisamos aprender algo novo.
A memória de longa duração pode ser classificada em três modalidades:
* semântica – quando uma lembrança serve como significado para explicar vivências atuais;
* processual – quando a recordação se torna uma ação automática, como andar, falar e dirigir;
* episódica – quando um momento marcante fica guardado na consciência, como um grande show ou uma viagem.
A aprendizagem está totalmente ligada a memória, pois só conseguimos obter novos conhecimentos com a sua ajuda, que retém as informações no cérebro. A formação de qualquer lembrança tem relação direta com os nossos pensamentos, ações, sentimentos e funções cognitivas. Por isso, especialistas são unânimes em afirmar que ela é fundamental para que haja um bom desempenho cognitivo no ser humano.
E para que a memória funcione bem, há um grande dispêndio de energia mental, que com o passar do tempo, tende a diminuir. Além disso, muitas vezes deixamos o nosso cérebro “preguiçoso”, ao condicioná-lo a funções simples e repetitivas. E quando o cérebro não é exercitado com regularidade, sua capacidade cognitiva diminui e os esquecimentos se tornam frequentes.
Há grande diferença entre amnésia e esquecimento. A amnésia é uma patologia de caráter transitório ou permanente, que pode ser provocada por agressões de diversas formas ao cérebro, e faz o indivíduo perder a capacidade de reter informações novas ou de evocar as antigas.
Já o esquecimento, é uma falha na retenção ou evocação dos dados da memória. É muito comum e pode ocorrer com qualquer pessoa. O que importa é determinar a sua causa, levando em conta a atenção, a concentração, o desuso e a interferência de novos aprendizados.
Seja jovem ou idoso, atividades que estimulem a cognição trabalham de forma preventiva, ajudando no raciocínio e no pensamento crítico. Já em caso de patologias diagnosticadas, é possível evitar que o processo avance e obter melhoras através da plasticidade cerebral, utilizando técnicas da reabilitação cognitiva.
O número de pessoas que se sentem incomodadas com o problema e que buscam soluções, têm sido cada vez maior e os resultados são muito positivos.
Se você também se incomoda com o desempenho atual da sua memória ou percebe essa perda em algum familiar ou amigo, entre em contato e saiba como podemos ajudá-lo.
Comments